quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Uma faísca para começar um fogo de artificio

Dia 18 de Janeiro de 2011, ás 19h estava a entrar na camioneta para ir para casa. Fiz o habitual. Entrei, olhei em redor para procurar um lugar livre, olhei novamente para ver se via alguém conhecido e sentei-me. Olhei pela janela e coloquei os phones.  Gosto do percurso da camioneta. Com as pessoas a falar e eu com os phones, a única coisa que me apercebo é do “eu” no meio de muitas bocas que se mexem. Olho para cada uma dessas pessoas, tento perceber o seu olhar, tento descobrir como foi o seu dia, como é a sua vida. Algumas riem, dão gargalhadas, outras, olham para o vazio, suspiram e voltam a olhar para o vazio. Hoje eu encontrava-me assim, sentada, a olhar para o vazio, a interpretar a musica que passava no meu mp3.  Foi então que em vez de fazer a minha rotina habitual, tive necessidade de algo mais. Em vez de sair na paragem habitual, fazer aquela longa caminhada, ligar para alguém quando chego a uma rua que me assusta…. Saí numa paragem mais acima. Não sei porque, tive essa necessidade, queria passar por aquele local. Local de tantas recordações, de muitas lembranças.  Dia 18 de Janeiro de 2011 algo de estranho se passava, normalmente sou do género de pessoa que liga o mp3 e está sempre a escolher a musica perfeita para o momento. Se estou triste, uma musica mais melancólica (ajuda-me a pensar), ou se estiver triste e se vir que não vale a pena ficar desse jeito, procuro uma musica mais mexida, que dê para dançar, que me faça sorrir e olhar para as pessoas com uma boa cara, mas hoje, “empanquei” numa musica. Só queria ouvir aquela. Uma musica bonita, com uma boa letra, animada, um bom ritmo…e lá fui eu pelo meu “novo” percurso. 
O meu percurso tem muitas fases. Tem a fase 1 (a mini rampa ao sair da camioneta), a fase 2 (o caminho horizontal até a uma quelha) a fase 3 (a descida dessa quelha) e a fase 4 (a visualização de uma certa e determinada casa que me põe o coração pequenino e a palpitar). Nessa casa vive uma pessoa especial, uma pessoa que embora não seja mencionada por palavras é mencionada só por um olhar.  Estava eu na fase 3 do meu percurso, a ouvir a tal musica que eu deixava sempre rolar e pensei: “Se Deus não o colocou mais no meu caminho, é porque não há mais nada para percorrer”. Acabei então de descer a quelha quando tive este pensamento e essa pessoa passou por mim de carro, naquele exacto momento que acabei de fazer aquela simples conclusão. Olhei para o céu e pensei “Tás a gozar!”
O que aconteceu ali, naquele momento foi mais uma partida do destino ou uma coincidência? Será que devo continuar a ignorar?
Relativamente a este assunto, a esta pequena faísca, não tenho certezas de nada, mas se me fosse permitido dizer, ou nem tanto, bastava essa pessoa saber que: We don't even have to talk, I just love being with you, feel you more close to me. Ou seja, ele nao precisa falar comigo, não precisa ser meu amigo, mas basta-me simplesmente olhar para ele durante uns segundos ou passar perto de casa dele e eu já me sinto feliz !
<3

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